O Observador
Na entoca dos seus pensamentos, parece ser quieto demais. E só ele sabe que dentro dele fervilha um mundo de idéias e emoções, todas frutos da observação. O observador aprende muito sozinho, e também escapa de muitas armadilhas. Acaba apurando uma sensibilidade especial, a arte de “pegar as coisas no ar”. Pode parecer desconfiado, mas é, antes de tudo, um leitor de entrelinhas, um tradutor de gestos, um ser que não contém em si o tanto que consegue descobrir.
E tudo somado dentro do observador vira um universo de palavras que precisa ser extravasado. Daí vem o olhar sincero, o ato e a reação autêntica, e a frase que não se cala por nem mais um segundo. E, de repente, quem o julga quieto demais pode ver que por trás de um sorriso sempre simpático, e até tímido, existe um alguém cheio de atitude, humor e energia. Um alguém que tem muito a dizer, que dá gargalhadas, que é capaz de passar horas dançando, que adora conversar, e conversar muito! O observador se espalha, mas na hora certa. O observador surpreende, porque não restringe a sua personalidade à “parlação” e, sobretudo, porque não é refém do “querer parecer”.
Ingrid Dragone, uma observadora.
Comentários
Parabéns!
Beijos!!
já estava devendo uma visita.
Parabéns pelo crescimento.
hoje estive na Jorge Amado e te elogiei bastante.
Beijos