Cinco Minutinhos
Hoje, quando voltava para casa, após um expediente bem agitado, senti certa irritação por causa de um carro de auto-escola que provocava a lentidão do trânsito (três veículos à frente do meu). Eu estava com muita vontade de chegar porque precisava almoçar e resolver umas pendências para sair novamente.
O maldito automóvel vermelho com uma larga faixa amarela nas laterais era o grande problema da minha vida naquele momento. Fiquei sem paciência. Sem um pingo dela. Até buzinei. Depois achei o meu comportamento ridículo. Realmente ridículo! Eu nasci dirigindo? Aliás, eu nasci sabendo fazer o que mesmo? Quantas coisas ainda devo aprender?
Por que as pessoas não entendem que precisam ser mais tolerantes, calmas e, até mesmo, solidárias? Se aquele cidadão andava devagar é porque, certamente, estava inseguro, tinha receio de errar. Nunca vivi aquele sentimento que ele vivia? E será que cinco minutinhos a mais na pista iriam verdadeiramente fazer alguma diferença para mim e os meus compromissos?
Espero, francamente, não receber buzinadas como aquela diante dos próximos desafios da minha vida pessoal e profissional. E olha que o trajeto ainda é longo, muito mais do que o trechinho que separava o meu estômago do prato de comida.
Ingrid Dragone
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