Conversar? O que é isso?
Hoje? Dançar? A sensação de tocar na mão? Do rosto colado? O romantismo está caducando. E conversar? Tornou-se mesmo coisa do passado. As pessoas não lêem. Não têm argumentos nem informação. Então, a conquista não acontece pelo o que elas podem oferecer às outras de mais profundo e humano. O ato da conquista é o de mover-se para tirar algo do outro. Um beijo. Fugacidade...
Nas noites das grandes cidades é fato corriqueiro: os homens aproximam-se cheios de mãos. “Laçam” por trás. Puxam pelos cabelos. Beijam sem perguntar o nome. E não vamos aqui inocentar as mulheres. Agora, a maioria só pensa em silicone, na chapinha, e em estar fashion. Além disso, acredita que a conquista do espaço feminino no mercado de trabalho, nas relações sociais e no poder dá à mulher o mesmo direito de grande parte dos homens: o direito de ser canalha e manter relacionamentos descartáveis, supersuperficiais (isso não é um erro de digitação!).
O lance é chamar as amigas para a “balada”, providenciar um “look” com muito brilho, curtir funk, tomar Red Bull. E só. O problema é esse: a restrição. E assim caminha a humanidade... Com a idéia de que estão aproveitando a vida, homens “pegam”, e mulheres se deixam “pegar”. E vice-versa.
Está socialmente estabelecido. Desejo acima de tudo e compromisso zero. Educação zero. Bom senso zero. Auto-estima zero. Juízo zero. Conhecimento zero. A soma é fácil. No final, o que resta? Nadinha. Um vazio que não é preenchido com outras festas, outros beijos, outros parceiros, outros nada-a-dizer.
Por que gostar de se divertir e curtir o momento é sinônimo de não ter conteúdo? Por que gostar de se divertir é não gostar de ninguém? E, às vezes, não se gostar? Carpe diem, sim! Fazer brindes à instituição do “ser raso” já é demais...
Ingrid Dragone
Comentários
Bons tempos aqueles dos bailinhos no Play Ground...
De precisar se levantar, atravessar o salão de festas com todos olhando, olhar firme nos olhos DAQUELA garota enquanto tenta controlar a tremedeira nas pernas, pedir licença às amigas da escolhida e convidar - la para dançar...
Alegria melhor do que essa, era quando a música mudava para uma lenta e ela concordava em continuar dançando contigo......
Caramba... se eu continuar aqui vai deixar de ser um comentário e se transformará em um Post!!!
Quer saber, até que não é uma má idéia....
Preciso dizer algo mais!?
Seu Blog (você) me inspirou...
Elogio melhor...
Bjo,
Pena que hoje não tem mais isso, a juventude tá perdendo esses momentos deliciosos e inocentes de contato humano, de olho-no-olho, como vc disse. Agora é só farra, álcool, drogas... tudo pra fingir felicidade e não se envolver. Uma pena.
bjs!
Luisa